O livro de Laurentino Gomes, 1808, traz um apanhado de pesquisas do próprio e de outros pesquisadores que tentam entender a história do Brasil através dos acontecimentos dessa época. Época em que o fraco reino de Portugal foge para o Brasil, para não ser dizimados pelo exército de Napoleão.
É fácil entender como esses acontecimentos pavimentaram a estrutura do nosso país, como estão ligados direto à política atual e a cultura do Brasil de hoje.
Resumindo, foi nessa época que a política no Brasil ganhou contornos de corrupção, favoritismo e barganhas onde a moeda de troca eram além de títulos monarquicos, nossos mais valiosos tesouros naturais.
Foi aí que o Brasil começou a ser vendido, para exploradores e nações estrangeiras. Mas foi aí também que o Brasil deu um salto que jamais daria se não tivéssemos recebidos por quase 20 anos a coroa Portuguesa. Sem a presença dela, com a forte colonização extrativista hoje seríamos como uns dos países mais miseráveis da Africa.
É importantíssimo que esse livro seja divulgado para que se conheça a origem dos problemas sócio-político-econômico de nosso país, quem sabe até mesmo através de filme e minisérie.
Dois personagens que poderiam muito bem levar-nos a esmiuçar essa história seriam o guardião da biblioteca real Luiz Joaquim dos Santos Marrocos, que veio junto com a coroa para montar a biblioteca real na nova terra e viveu toda essa transformação que o país viveu e o advogado Paulo Fernandes Viana, encarregado de não somente manter a ordem pública no reino, mas principalmente por cuidar pessoalmente para que todas as ordens do Rei tomassem forma, sendo um verdadeiro prefeito do Brasil, colocando a mão na massa nessa transformação de uma colônia extrativista em uma potência comercial da America Latina.
